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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO NOS JURIS


Relacionando os 137 nomes indicados como jurados dos 40 festivais de música nativista previstos/realizados em 2019, e agrupando-os de acordo com suas mais notórias características intelectuais e artísticas, descortinamos os seguintes números:
LETRISTAS:   32 homens            
MELODISTAS:   31 homens  e 
01 mulher              
LETRA E MELODIA: 13 homens            
INTÉRPRETES: 20 homens e 09 mulheres                          
INSTRUMENTISTAS: 27 homens e 02 mulheres                    
PROFISSIONAIS DE IMPRENSA: 02 homens     

Já referimos, em postagem anterior, que este resultado mostra a reduzida participação feminina nas comissões avaliadoras, muito abaixo do patamar que as Mulheres Nativistas já alcançaram com seu talento e sua capacidade. É óbvio que elas fazem por merecer muito mais reconhecimentos.  
Também chamou-nos a atenção o fato de constarem apenas dois profissionais ligados ao ambiente da comunicação, no rol das 137 personalidades convidadas para atuarem como avaliadores. 
Esta frustrante constatação nos motiva a analisar a questão com mais profundidade, bem como produz algumas interrogações:   
- Por que estes jornalistas, radialistas e comunicadores, raramente são lembrados no momento em que as comissões avaliadoras estão sendo constituídas?
- Não são eles que divulgam os festivais nos espaços que ocupam?  
- Não são eles que emitem comentários em jornais, rádio, blogs e redes sociais?
- Não são os profissionais da comunicação que fazem rodar os CDs e os DVDs dos festivais?
- Não é nos programas de rádio e TV, liderados por estes comunicadores, que os produtores de festivais comparecem para falar de seus eventos?
- Não são esses radialistas que transmitem os festivais, as vezes sem condições técnicas e de localização ideais.
Ao produzirem seus programas de rádio, escreverem os textos que serão publicados em jornais, blogs e revistas, os profissionais de imprensa normalmente mergulham no assunto em pauta, escutando, vendo e lendo tudo, rotina que os nutre de conhecimento suficiente para credenciá-los a produzirem opiniões qualificadas e conceitos ajustados.  

Não temos absolutamente nada contra as presenças de poetas, letristas, melodistas, instrumentistas e intérpretes nos elencos de jurados, muito pelo contrário.  Entendemos que, personalidades dotadas destes pendores, tem que estar, obrigatoriamente, entre os componentes de toda e qualquer comissão avaliadora. 
Mas parece-nos incompreensível, e até injusto, o evidente ostracismo imposto aos profissionais da comunicação, como se nesse universo não existissem nomes de estirpe para o exercício da honorífica responsabilidade.  
Fazendo um breve exercício de memória, é possível perceber que nas décadas de 1970, 1980 e 1990, eram muito frequentes as participações de radialistas e jornalistas em comissões julgadoras dos festivais.   Para ilustrar essa pesquisa, podemos nominar alguns exemplos, tais como: Osmar Meletti, Danilo Ucha, Glênio Reis, Paulo Denis, Juarez Fonseca, Airton Ortiz, Paixão Côrtes, Omair Trindade, Cláudio Brito, entre outros.  
Representantes de outras áreas de atuação, como produtores de eventos, escritores e cineastas, também eram lembrados.  Dentre eles, podemos enaltecer: Hugo Ramirez, Ayrton Patineti dos Anjos, Henrique Freitas Lima, Tabajara Ruas, Rose Marie Garcia, Elma Sant'ana, J. C. “Pelão” Botezelli, José Roberto Diniz de Moraes, Mario Simon, Pingo Castilhos e outros mais.
Já faz algum tempo, pelo menos uns 10 anos, tem sido comum ouvirmos das pessoas em geral, um balaio de críticas negativas sobre a qualidade poético-musical verificada nos festivais dos últimos tempos, muito inferior, segundo as mesmas opiniões, ao nível das canções que eram apresentadas nesses certames até o início dos anos 2000.  Alegam ainda, os referidos críticos, que a “mesmice” e a falta de criatividade tem sido evidentes, a ponto de impossibilitar o advento de músicas que vislumbrem relativo sucesso, menos ainda dos ditos “clássicos”.
Será apenas coincidência, ou a falta de avaliadores com as qualificações acima pode ter contribuído para essa suposta “diminuição da qualidade musical”?

Por favor, não entendam essa derradeira pergunta como uma forma de "puxar brasa pro nosso assado", não se trata disso, absolutamente.  Mesmo porquê, além de nós, existem vários profissionais de imprensa com conhecimento, idoneidade e capacidade técnica suficientes para exerceram as funções de jurado.  Estão aí, espumando a peiteira, escramuçando no partidor da cancha reta das comissões julgadoras, gente do gabarito de: Ibaldo Pedra, Gabriel Moraes, Marcelo Machado, Moura Matos, Arli Correia, Claudinir Müller, Hildebrando Souza, Ivan coelho, João Valter Soller, Carlos Reinaldo, Raul Bitencourt, Cauê Nascimento, Cleiton Santos, Valdemar Engroff, Sérgio Barbosa, Walter Vellozo, José Alberto Andrade, Fabiane Oliveira, Marcelo Drago, Zelita Silva, Tânia Goulart, Rafael Nemitz, entre tantos outros de idênticas credenciais cujos nomes não caberiam nesta postagem. Que nos perdoem pelo esquecimento.

É claro que este é um tema deveras complexo, que merece um debate abrangente e desapressado, que exige de seus interlocutores, doses generosas de zelo, para que a ética e o respeito não saiam maculados.  
Diante disso, vamos encerrando a nossa prosa.  Antes, porém, renovamos uma importante reivindicação: 
“Convidem profissionais da comunicação para os juris dos festivais!”

Abraços e sucesso. 

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