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domingo, 26 de maio de 2024

RS MÚSICA URGENTE: A CLASSE PRECISA DE AJUDA

Profissionais do setor musical do Rio Grande do Sul lançam o coletivo  RS Música Urgente.

O Rio Grande do Sul vive um estado de calamidade. Mais de 90% do estado vem sofrendo os efeitos da catástrofe climática ocorrida entre abril e maio de 2024. Neste momento, muitas iniciativas estão sendo realizadas em prol dos atingidos pelas enchentes, com várias frentes de trabalho voltadas às diferentes áreas da economia.
Em meio às inundações, um grande movimento vem sendo realizado no setor cultural do Rio Grande do Sul e o setor da música está se reunindo e propondo ações, tendo como foco o amparo da classe.
Assim nasce o RS Música Urgente, que tem como primeira ação uma campanha de doações através da chave pix emergenciamusicars@gmail.com visando atender demandas urgentes de profissionais diretamente atingidos pelas cheias.
A cadeia produtiva da música vive um cenário de perdas materiais, cancelamentos e adiamento de trabalho. O coletivo é, portanto, uma reunião com mais de mil profissionais, entre músicos, técnicos e produtores, divididos em Grupos de Trabalho que fazem frente às discussões e planejamentos em torno dos seguintes temas:
- Comunicação;
- Legislação/Impostos e Direitos Autorais;
- ⁠Mapeamento/Cadastramento;
- ⁠Projetos;
- ⁠Carta/Documento ao Brasil e Mundo;
- ⁠Associação – AMEM RS;
- ⁠Redes Sociais/Design;
- ⁠Auxílios Emergências/Donativos;
- ⁠Circulação outros Estados/Países;
- ⁠Pubs/Bares de Música;
- ⁠Embaixadas/Consulados;
- ⁠Interlocução política;
- ⁠Organização Geral.

Muitos profissionais da música perderam instrumentos e outros equipamentos de trabalho, além de terem suas moradias e estabelecimentos comerciais invadidos pelas águas. Mas grande parte do setor foi prejudicado nas oportunidades de atuação e receitas devido ao cancelamento de inúmeros festivais, shows e demais eventos.
A circulação de espetáculos também foi diretamente atingida, uma vez que as estradas interrompidas não permitem os deslocamentos. Muitas cidades foram completamente “arrasadas”, sem condições de receber atividades de qualquer tipo. Desta forma, estão suspensas praticamente todos eventos culturais do Estado por tempo indeterminado, impossibilitando que milhares de profissionais da cultura exerçam seu trabalho, sem garantia de renda ou perspectivas de retorno.
O objetivo do coletivo é diagnosticar, planejar e elaborar propostas e estratégias de ações, em constante diálogo com o poder público nas instâncias municipais, estadual e federal, bem como com a sociedade civil e também com agentes internacionais, embaixadas e consulados com representação no Brasil.


O RS Música Urgente, preparou uma CARTA ABERTA de apresentação explicando os objetivos e as ações nas quais vai se dedicar.   Confere:


CARTA ABERTA
DO SETOR DA MÚSICA DO RIO GRANDE DO SUL
"RS MÚSICA URGENTE"
Maio de 2024

O QUADRO:
O Estado do Rio Grande do Sul foi severamente afetado por uma catástrofe climática ocorrida entre abril e maio de 2024. Diante da situação de calamidade pública em que 93% do Estado se encontra, são imensos os problemas enfrentados pela população e pelas autoridades. Muitos cientistas têm afirmado que a tragédia no RS é a primeira grande tragédia mundial com origem nas mudanças climáticas. Todos têm sido afetados de alguma forma por esse evento, que representa uma verdadeira “divisão de eras”. Além das perdas materiais e imateriais, os prejuízos em hospitais, clínicas, escolas, fábricas, comércios e plantações paralisaram ou prejudicaram muitas frentes de trabalho, inclusive da arte e da cultura. E por muito tempo.

O SETOR DA MÚSICA NO RS NESTE DESASTRE CLIMÁTICO
A atividade da Música possui o maior número de CNPJs da Indústria Cultural no RS. Muitos perderam também seus instrumentos, equipamentos, estúdios, escolas de música, locais de shows, veículos e moradias. Em decorrência destes fatos, a maior parte do setor perdeu oportunidades de trabalho e receitas devido ao cancelamento de inúmeros eventos culturais, shows e demais trabalhos. Soma-se a isto as dificuldades de circulação, devido às estradas interrompidas que dificultam o acesso às cidades, a maioria delas sem condições de receber atividades culturais de qualquer tipo. Desta forma, estão suspensas praticamente todas as atividades e eventos culturais do Estado por tempo indeterminado, impossibilitando que milhares de profissionais da cultura exerçam seu trabalho, sem garantia de renda ou perspectivas de retorno.

A ECONOMIA DA CULTURA
É reconhecida a importância da atividade cultural para a sensibilidade e pensamento crítico de um povo. Porém, só recentemente a sociedade brasileira tem reconhecido a importância do Setor Cultural e das Indústrias Criativas na economia, no desenvolvimento social e na geração de renda do país.
Estes setores representam 4,1% do PIB do Estado do RS e 3,11% do PIB do país, empregando 7,5 milhões de trabalhadores, e tem crescido. No RS gera mais de 400 mil empregos diretos. Tais números superam os da indústria automobilística, calçadista e aproximam-se do segmento da construção civil. Indiretamente, o setor emprega vários profissionais relacionados aos eventos, como por exemplo, na limpeza, alimentação, segurança, transporte e hospedagem entre outros. Segundo a FGV, para cada real empregado em renúncia fiscal volta R$1,60 para o caixa dos governos.
Sendo assim, reivindicamos medidas de incentivo e proteção à cultura, fundamentais para o sustento de trabalhadores e empresas, especialmente num momento como o que estamos vivendo. A cadeia produtiva da cultura precisa ser vista como uma atividade econômica significativa, que contribui com valores relevantes em impostos para o Estado.
A paralisação devido a esta catástrofe ambiental não impacta apenas a vida dos profissionais do setor musical, mas irá repercutir no âmbito sociocultural e econômico das cidades como um todo, já que a música é um elemento fundamental na vida cotidiana, presente nos momentos de socialização, educação, saúde mental e física, e no entretenimento.

QUEM SOMOS & QUEM REPRESENTAMOS
Diante deste quadro, surgiu a iniciativa de um amplo grupo de trabalhadores do setor da música do Rio Grande do Sul, de criar um coletivo de enfrentamento de crise em âmbito estadual, nacional e internacional, denominado RS Música Urgente. Assim, o coletivo está empenhado em diagnosticar, planejar e elaborar propostas e estratégias de ações, em constante diálogo com o poder público nas instâncias municipais, estaduais e federal, com a sociedade civil, bem como agentes internacionais, embaixadas e consulados com representação no Brasil.
Para essa finalidade, foram criados grupos de trabalho específicos, que operam em conjunto. Buscamos viabilizar propostas emergenciais de políticas públicas para a cadeia produtiva da música, enquanto durar o estado de calamidade, através de medidas urgentes, eficazes e concretas. Desta forma, podemos em conjunto propor e realizar ações estruturantes deste setor duramente atingido, visando a reconstrução a curto, médio e longo prazo. Simultaneamente, como forma de embasar ações e projetos, o movimento realiza um mapeamento abrangente do setor da música, buscando reunir e condensar os diversos mapeamentos, em curso ou já realizados. Além disso, buscamos arrecadar e distribuir donativos para os colegas mais necessitados.

MENSAGEM FINAL
Diante do cenário de um estado devastado pela tragédia ambiental, além de agradecermos ao povo brasileiro e a todas as mobilizações internacionais vindas para nosso Estado, queremos que os partidos, os políticos eleitos e os gestores públicos em todas as esferas comprometam-se fielmente não só em enxergar o nosso setor da cultura como uma área vital à sociedade e à economia, mas também em estabelecer compromissos reais em relação ao meio ambiente, para que tragédias como esta não voltem a ocorrer.

Parar não é uma opção. Confiança e Fé.

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