O tradicionalismo
gaúcho deixa de contar com a presença física de uma de suas mais importantes lideranças:
Rodi Pedro Borghetti.
O Borghettão,
como era carinhosamente chamado, faleceu na noite de segunda-feira, 17 de
março, aos 92 anos de idade.
Ele é pai
do músico e acordeonista Renato Borghetti, o Borghettinho e do advogado Marcos Borghetti, empresário do irmão.
Nascido em 28 de junho de 1932, na colônia italiana, em Flores da Cunha, Rodi Borghetti vivencia as
tradições gaúchas desde a infância. Aos cinco anos, pilchado e a cavalo,
acompanhava o pai, delegado de polícia, no trabalho pela região.
No
final da década de 1940 veio para a capital estudar no Colégio Júlio de
Castilhos. Nesta época, estava surgindo o tradicionalismo em Porto Alegre por
obra de Paixão Cortes e de outros colegas, também estudantes do “Julinho”.
Rendeu-se ao tradicionalismo na
década de 1960, ao ingressar no CTG 35. Depois disso, Borghetti foi por sete vezes
patrão do “35”, duas vezes presidente do MTG, diretor do Instituto Gaúcho de
Tradição e Folclore em dois governos e criou a Confederação Brasileira de
Tradição Gaúcha. Em 2010 foi o
Patrono da Semana Farroupilha do Estado.
De 2011 a 2014, atuou como presidente do IGTF – Instituto Gaúcho de Tradição
e Folclore. Em 2022, ganhou o título de Cidadão Portoalegrense.
Formado em Direito pela UFRGS, criou em 1959, a empresa DUX Lançamentos Imobiliários, um
escritório de advocacia especializado em intermediação e lançamento de imóveis.
Em 1962, tornou-se o primeiro presidente do Conselho Regional de Corretores de
Imóveis da 3ª Região (CRECI), sendo reeleito oito vezes, permanecendo no cargo
até 1970.
A morte de Rodi Borghetti deixa uma lacuna irreparável no cenário do gauchismo.
Que o Patrão Velho lá de Riba conforte seus familiares.
O velório de Rodi Borghetti acontecerá
na quarta-feira, 19 de março, entre 9h e 14h, no Theatro São Pedro, em Porto
Alegre.
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