Para tristeza dos gaúchos, particularmente
daqueles que admiram a música regional gaúcha, morreu na manhã desta quinta-feira, 25 de
abril, o músico e compositor Albino Manique, considerado como um dos melhores acordeonistas do Rio
Grande do Sul e do Brasil. Ele
tinha 80 anos de idade.
Dotado de uma musicalidade
muito forte e de uma invejável habilidade com a sua gaita, Albino Manique,
desde cedo já se destacava por sua técnica muito peculiar e pela criação de
arranjos complexos e muito bem elaborados.
Suas composições eram inspiradas na sua
infância com influências musicais de seu pai que tocava gaita ponto nas festas
populares da região dos campos de cima da serra.
Na adolescência, aos 12 anos de idade, formou, juntamente com seu
amigo Francisco Castilhos, então com 14 anos, a Dupla Mirim, que animava festas
e bailes na região serrana do estado.
Em 1969 lançou
seu primeiro disco solo, intitulado Alma de Acordeon, cujo repertorio tem
sucessos como Taquito Militar e Bugio da Serra.
Em
1970, Albino e Xico fundam o renomado conjunto Os Mirins. Ambos deixam de
lado suas carreiras individuais para dedicarem-se ao grupo.
Albino
volta a gravar um disco solo, apenas em 1978, com o álbum Baile de
Candeeiro, no qual estavam registrados o sucessos Baile de Candeeiro
e Madrugada.
Discografia
Solo de Albino Manique:
1969: Alma de Acordeon
1978: Baile de Candieiro (lançado com 3 capas diferentes)
1981: No Compasso da Acordeona
1983: A Gaita do Rio Grande
1984: Dançando Com Albino Manique
1985: Entrevero no Teclado
1986: O Gaiteiro
1989: Eu e a Acordeona (Reprodução do LP “Alma de Acordeon”, comemorando os 20 anos do disco
lançado originalmente em 1969)
1994: A Gaita de Albino Manique
1998: O Som de Albino Manique
Muito
requisitado para atuar como acordeonista em discos de outros artistas, Albino
Manique foi consolidando sua trajetória artística e passou a ser reconhecido e admirado por sua genialidade na composição de suas
músicas e por sua técnica excepcional e apuradíssima.
A
maioria absoluta dos gaiteiros e gaiteiras rio-grandenses o reverencia e o tem como a
principal referência deste cenário musical, considerando-o como um mestre na
arte de tocar acordeon.
Com o passar do
tempo, Albino Manique tornou-se uma das figuras mais
importantes e influentes na evolução musical do Estado, na segunda metade do
século XX. Seu legado é gigantesco e eterno.
A morte de Albino Manique provoca uma lacuna irreparável no universo da música regional
gaúcha e brasileira.
Albino
Batista Manique nasceu em São Francisco de Paula, no Bairro do
Rincão, no dia 12 de março de 1944.
Sentimentos aos seus familiares, amigos e fãs.
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