Texto de autoria do comunicador da Rádio Rural AM 1120, Jairo Reis, veiculado na coluna Pampianas, página 6 do Segundo Caderno da Zero Hora deste sábado.
A PUJANÇA DOS FESTIVAIS
Há quem diga, e não são
poucos, que os festivais nativistas do Rio Grande do Sul estão morrendo, que
andam numa mesmice só e não tem a importância de outros tempos. Permitam-me discordar destes pessimistas. Os
festivais estão cada vez mais pujantes e proliferam no cenário artístico cultural
do Rio Grande.
Ah! mas alguns eventos
tradicionais deixaram de ser realizados, como a Califórnia da Canção, de
Uruguaiana, por exemplo. Geradora do que hoje chamamos de Movimento Nativista,
a Califórnia, por razões que não cabem ser discutidas neste espaço, anda
capengando nos últimos anos.
Sim, e quantos mais surgiram e se firmaram nestes 40 anos de Nativismo?
Atualmente no Rio Grande
do Sul, são realizados cerca de 45 festivais de música por ano, sempre com obras inéditas. Se considerarmos que em cada festival são acolhidas
em média 400 inscrições, chegamos a um total de 18.000 canções concorrentes. É uma produção poético musical de fazer inveja.
Destas 18.000 músicas inicialmente inscritas, em torno de 700 são selecionadas
nas triagens e credenciam-se a participarem efetivamente dos festivais, sendo
apresentadas em palco. Aproximadamente
540 delas ficam registradas em CDs e DVDs.
Assim como este volume
de criação impressionante, precisa ser considerado outro aspecto igualmente
importante e acima de tudo fundamental no ambiente festivaleiro: a geração de trabalho e renda.
Cada uma destas 700 músicas
classificadas, é defendida no palco por grupos de músicos formados em média por
5 integrantes, quatro instrumentistas e um intérprete. Isto forma um universo
de 3.500 artistas atuando e, por conseguinte, recebendo seu quinhão, que vem do
rateio das ajudas de custos, da divisão de uma possível premiação para a obra
que defenderam ou até mesmo resultante de um destaque individual, como letrista,
melodista, intérprete ou instrumentista, por exemplo.
Além dos compositores e
músicos participantes, outros profissionais também tem nos festivais uma forma significativa
de remuneração. Empresas prestadoras de serviços e o comércio das cidades
anfitriãs igualmente veem seus caixas engordarem com a movimentação gerada
pelos festivais.
O mercado dos festivais está
cada dia mais atuante, é aquecido economicamente e acima de tudo é fundamental
para a valorização e a difusão da arte e da cultura rio-grandenses.
Vida longa aos festivais
e ao Nativismo gaúcho!
Muito bem colocado, meu caro Jairo...
ResponderExcluirAos que acham, que os festivais estão morrendo,devemos convidá-los a prestigiar o festival de sua cidade ou região, além de todos estes seguimentos envolvidos, já citadas pelo Jairo, existem ainda, em alguns festivais, as categorias piá ou mirim e juvenil, que são a certeza, que a nossa música não morre!!!
Bueno, temos aqui uma controvércia..........vale a pena ressaltar que destes 45 festivais.......temos músicos que conseguem, por um aborto danatureza e por realmente serem mais produtivos que Ton Jobim, que Roberto Carlos, classificar música na grande maioria deles e quando não 2 ou até mesmo 3 em um só evento...Festival está sim virando um evento para cumpadres, para uma seleção de nobres amigos, permitindo a entrada de um ou outro furão de vez em quando e covenhamos que de 14 músicas que compõem um CD, no máximo 4 ou 5 tem condições de rodar em alguma rádio...Que precisa uma reformulação, precisa.........
ResponderExcluirPor isso acredito na reencarnação da música, rebrota o sentimento dos "Marupiaras" para formar novas frentes de trabalho e de cultura no seio do Rio Grande, quiça se esparrame pelo sul e Brasil a fora. - Viva a Califórnia da Canção semente que renasce campo a fora!
ResponderExcluirahhhh, a minha crítica tu não postou.........não gosta de críticas é, acha que é dono da verdade..........Os festivais da maneira que estão, na mão de meia dúzia de músicos paneleiros vai sim acabar...........é uma confraria de amigos, um toma é dá cá, uma vergonha...e gaúcho não compactua com isto....Jairo o negócio envolve dinheiro público e não é realizado as claras, nós criticamos quem faz falcatrua, mas e aqui, nos festivais, o que existe, e convenhamos, não seja hipócrita, tu sabe que existe..........e então, quais as solções para moralizar os festivais.......Tchê, tem coisas que tem de partir de quem tem oportunidade para falar, quem tem veículo de comunicação na mão..........mudanças tem de ocorrer sim, caso contrário os fetivais ou vão acabar ou vão definitivamente sobreviver na mão de 3 ou 4 grupos de músicos que hoje já mandam e desmandam em triagens, resultados, shows, comissões julgadoras e até comissões organizadoras de festivais. Ahhh sim, pq anônimo....pq já sou queimado, ai ainda me queimo mais com as panelas se me identifiar, e tu também sabe disso, quem comenta ou critica, nunca mais participa.