Neste Dia Internacional da Mulher, vai a singela homenagem do blog e do programa Ronda dos Festivais a todas as prendas do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo, através dos versos do poeta Sérgio Napp, que descreve de forma brilhante as lides da mulher rural e sua importância para o bem estar e a harmonia de seus lares.
Musicado por Mario Barbará Dorneles, o poema virou música e participou da 12ª Califórnia da Canção Nativa com o título de "Campesina".
Levantar-se a tempo de acordar o sol
Preparar a erva para o chimarrão
Leite para os guachos, roupa no varal
Água na cacimba e varrer o chão
Preparar a erva para o chimarrão
Leite para os guachos, roupa no varal
Água na cacimba e varrer o chão
Bate a roupa, torce o corpo, enreda o campo
Bebe o sonho, esfrega a vida, enxuga o tempo
Forja o riso, enrola os sonhos, esfrega os olhos
Torce a vida, bate o medo, esfola as mãos
Bebe o sonho, esfrega a vida, enxuga o tempo
Forja o riso, enrola os sonhos, esfrega os olhos
Torce a vida, bate o medo, esfola as mãos
E a comida quente para o seu peão
Que mulher valente! Buena companheira
Suas mãos são asas, seu olhar me guarda
Que mulher valente! Buena companheira
Me repara a casa e me enfeita a cama
Suas mãos são asas, seu olhar me guarda
Que mulher valente! Buena companheira
Me repara a casa e me enfeita a cama
Atiçar o fogo pra fazer o pão
Milho para os pintos, depois semear
E mexer o tacho e socar pilão
E a gurizada para reparar
Milho para os pintos, depois semear
E mexer o tacho e socar pilão
E a gurizada para reparar
Nada mais lhe cabe em seu pequeno mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixa teu comentário, mas por favor, te identifica.
Grato e um baita abraço.