Lá no início do movimento nativista,
nas décadas de 1970 e 1980, quase todos os grupos de músicos que amadrinhavam os intérpretes nos diversos festivais de música que aconteciam pelo Rio Grande afora, tinham um nome. Alguns
destes conjuntos já eram bem conhecidos, outros uma carreira incipiente.
Mas a grande maioria daqueles elencos tinha uma trajetória efêmera. Eram formados para cada edição e nominados
de acordo com o festival e até mesmo em alusão aos temas
abordados nas canções que defendiam. Hábito esse que instigava a imaginação de
seus integrantes na hora de batizar o time. O resultado, eram alcunhas criativas que remetiam a temáticas como amizade, folclore, aspectos históricos, linguajar
gauchesco, sem esquecer, é claro, de expressões bem humoradas e até mesmo jocosas.
Costumeiramente o nome do intérprete
era sempre seguido do nome do grupo que o acompanhava, mas não raro, as canções
eram defendidas por conjuntos, sem destacar o solista vocal.
Analisando nosso acervo de canções oriundas de festivais nativistas, desde o nascedouro do movimento
nativista, a partir da realização da 1ª Califórnia, no ano de 1971, até o final da década
de 1980, constatamos diversas denominações para os referidos grupos.
A seguir,m relacionamos alguns exemplos, iniciando pela “célula mater” do movimento nativista do RS.
CALIFÓRNIA
DA CANÇÃO NATIVA - URUGUAIANA
Interpretação: Músicas:
César Passarinho e Os Uruchês O Último Grito
Ademar Silvio e Os Cambarás Colorada
César Passarinho e Os Fogoneiros Negro da Gaita
Edson Otto e Os Cantores dos 7 Povos Esquilador
Luiz Carlos Borges e Grupo Horizonte Tropa De Osso
César Passarinho e Grupo Carqueja Romanceiro Da Erva Mate
Mario Barbará e Grupo Nascentes Desgarrados
Jorge André e Grupo Boca Da Noite Pandorga
Leonardo e Os Serranos Tertúlia
Leopoldo Rassier e Os Tiarajus Não Podemo Se Entregá Pros Home
Eraci Rocha e Grupo Turuna Das Salamancas
Luiz Carlos Borges e Grupo Ana Terra Sucessão
Mario Barbará e Grupo Saracura Campesina
Clemar Gugliemi e Os Mirins Jujo Ideia
Dante Ramon Ledesma e Os Guenoas O Grito dos Livres
Pery Souza e Grupo Canto Livre Missioneiros Combatentes
Interpretação: Músicas:
César Passarinho e Os Uruchês O Último Grito
Ademar Silvio e Os Cambarás Colorada
César Passarinho e Os Fogoneiros Negro da Gaita
Edson Otto e Os Cantores dos 7 Povos Esquilador
Luiz Carlos Borges e Grupo Horizonte Tropa De Osso
César Passarinho e Grupo Carqueja Romanceiro Da Erva Mate
Mario Barbará e Grupo Nascentes Desgarrados
Jorge André e Grupo Boca Da Noite Pandorga
Leonardo e Os Serranos Tertúlia
Leopoldo Rassier e Os Tiarajus Não Podemo Se Entregá Pros Home
Eraci Rocha e Grupo Turuna Das Salamancas
Luiz Carlos Borges e Grupo Ana Terra Sucessão
Mario Barbará e Grupo Saracura Campesina
Clemar Gugliemi e Os Mirins Jujo Ideia
Dante Ramon Ledesma e Os Guenoas O Grito dos Livres
Pery Souza e Grupo Canto Livre Missioneiros Combatentes
FESTIVAL
DA MÚSICA CRIOULA - SANTIAGO
Interpretação: Músicas:
Nenito Sarturi e Grupo Reduções Cantando Meu Pago
Miguel Marques e Grupo Boca do Monte O Guasqueiro
Leonardo e Os Guapos Velha
Figueira
Fábio Matos e Grupo Yaguaretê Zé Caminha
Antônio Oleziak e Grupo Nhambiquaras Enchente
João Quintana e Grupo Parceria A Chuva
Pedro Neves e Grupo Itapevi Avançando
Ney Dumont e Grupo Pega de Arranque Bugio Virado
Luiz Carlos Borges e Grupo Americanto Guitarra
Cézar Lindemeyer e Os Lendários Vertente, Caminho e Foz
Antônio Gringo e Os Quatro Ventos Lições de Vida e Saber
Luiz Bastos e Grupo Canto Piá Negra Rita
Interpretação: Músicas:
Nenito Sarturi e Grupo Reduções Cantando Meu Pago
Miguel Marques e Grupo Boca do Monte O Guasqueiro
Leonardo e Os Guapos Velha Figueira
Fábio Matos e Grupo Yaguaretê Zé Caminha
Antônio Oleziak e Grupo Nhambiquaras Enchente
João Quintana e Grupo Parceria A Chuva
Pedro Neves e Grupo Itapevi Avançando
Ney Dumont e Grupo Pega de Arranque Bugio Virado
Luiz Carlos Borges e Grupo Americanto Guitarra
Cézar Lindemeyer e Os Lendários Vertente, Caminho e Foz
Antônio Gringo e Os Quatro Ventos Lições de Vida e Saber
Luiz Bastos e Grupo Canto Piá Negra Rita
Bom dia amigo Jairo, muitas perguntas são feitas na busca de respostas para tua abordagem.
ResponderExcluirDentro das várias hipóteses de respostas que podemos trazer para tua indagação, creio eu no meu ponto de vista, que a resposta mais pertinente seja:
- Que naquela época o músico participava de tal festival tocando em apenas uma obra, podendo assim erguer uma bandeira (nome do grupo) e os festivais tinham o poder na mídia de alavancar a carreira de tal grupo.
Creio eu que os regulamentos eram diferentes.
Poderia ficar questionando tantas possibilidades, mas enfim.
Abraço
Os interpretes, autores e musicos deveriam, nem que fosse para um só momento (1 festival) criar um projeto ou seja, um grupo pra "defenderem" aquele trabalho, podendo ter continuidade. Seria tratar "com mais carinho" a sua obra, mais seriedade, emoldurá-la. É fácil, basta querer.
ResponderExcluirBaita matéria"! Porém, faltou citar grupos talentosos e premiados como o Grupo Caverá e o Grupo Status.
ResponderExcluirBaita abraço do Cleiber Rocha.