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11º CANDEEIRO DA CANÇÃO NATIVA

11º CANDEEIRO DA CANÇÃO NATIVA
11º CANDEEIRO DA CANÇÃO NATIVA - Dias 05 e 06 de abril de 2024 - Restinga Seca/RS. Clica na imagem para mais informações.

1º BALSEIROS DA CANÇÃO NATIVA

1º BALSEIROS DA CANÇÃO NATIVA
1º BALSEIROS DA CANÇÃO NATIVA - De 17 a 19 de maio - Chapecó/SC. Inscrições até 23/03/2024. Clica na imagem e acessa o regulamento.

10º LEVANTE DA CANÇÃO GAÚCHA - Capão do Leão/RS

10º LEVANTE DA CANÇÃO GAÚCHA - Capão do Leão/RS
10º LEVANTE DA CANÇÃO GAÚCHA - Capão do Leão/RS. Inscrições até 28/03/2024. Clica na imagem e acessa o regulamento.

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quinta-feira, 31 de março de 2016

2º CANTO DO CHARÃO ALTERA CLASSIFICADAS

Raul Bittencourt, coordenador do Canto do Charão.
A comissão organizadora do 2º Canto do Charão comunica ao público interessado que foi classificada a música "Onde Mora a Verdade" de autoria de Rômulo Chaves e Nilton Ferreira, posicionada até então na primeira suplência do festival.  Ela substituirá a valsa "Estrelas Parceiras", de autoria de Giba Trindade e Juliano Javoski, desclassificada do evento a pedido dos próprios autores. 

Diante disso, a relação das músicas concorrentes no 2º Canto do Charão ficou assim definida:






Músical Classificadas:
1. Meu Lobuno é de Papel
Ritmo: Milonga
Letra: Volmir Coelho
Melodia: Volmir Coelho
2. Pra Quem Ajeitava as Garras
Ritmo: Chamarra
Letra: Sergio Sodré
Melodia: Arthur Mattos
3. Um Recado e a Carreta
Ritmo: Chamarra
Letra: Clodinho Pinto
Melodia: Robledo Martins
4. 
Onde Mora a Verdade.
Letra: Rômulo Chaves 
Melodia: Nilton Ferreira
5. Bolicho dos Corredores
Ritmo: Chamarra
Letra: Giba Trindade
Melodia: Zulmar Benitez
6. O Mundo Entre as Orelhas
Ritmo: Milonga
Letra: Giovane Dôdo Gonzales
Melodia: Edson Vargas
7. Olhos de Querência
Ritmo: Milonga
Letra: Getúlio Santana Silva
Melodia:  Getúlio Santana Silva
8. Mate do Silêncio
Ritmo: Mazurca
Letra: Getúlio Santana Silva
Melodia: Elói Santos/Milton Fontoura
9.  Pra Quem Tem Campo na Alma
Ritmo: Milonga Arrabaleira
Letra:  Ramires Monteiro
Melodia: Ramires Monteiro
10.  Extraviei Tanto Verso
Ritmo: Zamba
Letra: Paulo Ozório Lemes/Felipi Corso
Melodia: Kiko Goulart
11. Pra Quem Mateia Solidão
Ritmo: Chamarra
Letra: Paulo Ricardo Costa
Melodia: Eri Côrtes
12. Noite de Lua e Cordeona
Ritmo: Vaneira
Letra: Eron Carvalho
Melodia: Sergio Rosa

Suplentes: 
: Rancho Beira de Estrada.
Letra: Arabi Rodrigues 
Melodia: Idalcir Peruchin
2º: Quando as Lembranças Afloram.
Letra: José Amilcar 
Melodia:  Wilson Paim

9º CANTO NATIVO RECEBE INSCRIÇÕES

                                           Imagem da capa do LP do 2º Canto Nativo
O 9º Canto Nativo, da cidade de Santo Augusto, já está recebendo inscrições para o festival que acontecerá nos dias 12 e 13 de agosto, no Centro de Eventos do Sindicato Rural. O prazo para envio do material  se esgota no dia 05 de julho de 2016.
As inscrições devem ser enviadas pelo método tradicional (Correios) para o seguinte endereço:
Sindicato Rural de Santo Augusto
SMEC - Secretaria Municipal de Educação Cultura
Avenida Ângelo Santi 1245,
Santo Augusto/RS.
CEP: 98.590-000 

Serão selecionadas, 14 músicas para a categoria Estadual e 08 músicas para a categoria Regional.    Deste universo, sairão as 14 finalistas, sendo 10 da Estadual e 04 da Regional.
A título de ajuda de custos, os autores inscritos na categoria Estadual receberão R$ 2.000,00 para cada música classificada,  e os autores da categoria Regional, receberão R$ 500,00 por música classificada.

Além da ajuda de custo, os destaques do 9º Canto Nativo farão jus a seguinte premiação:
Primeiro Lugar: Troféu Canto Nativo + R$ 2.500,00
Segundo Lugar: Troféu Nerci Liberato da Conceição +  R$ 1.500,00
Terceiro Lugar:  Troféu Mario Regis Sperotto + R$ 1.000,00
Música Destaque Regional:  Troféu SAESMA + R$ 500,00
Mais Popular:   Troféu João Câncio  + R$ 300,00
Melhor Instrumentista: Troféu + R$ 200,00
Melhor Grupo Instrumental: Troféu + R$ 200,00
Melhor Arranjo: Troféu + R$ 200,00
Melhor Interprete:  Troféu + R$ 200,00
Melhor Letra: Troféu + R$ 200,00

Mais informações podem ser obtidas pelo Fone (55) 3781 1711, 
ou pelo E-mail  sruralsa@terra.com.br


quarta-feira, 30 de março de 2016

2º CANTO DO CHARÃO - CONCORRENTES

Comissão de Triagem liderada pelo coordenador Raul Biitencourt

Ao final da tarde desta quarta-feira, foram definidas as 12 músicas concorrentes no 2º Canto do Charão, festival programado pra os dias  07 e 08 de maior na cidade de Muitos Capões.
Confiram:

CLASSIFICADAS
1. Meu Lobuno é de Papel
Ritmo: Milonga
Letra: Volmir Coelho
Melodia: Volmir Coelho
2. Pra Quem Ajeitava as Garras
Ritmo: Chamarra
Letra: Sergio Sodré
Melodia: Arthur Mattos
3. Um Recado e a Carreta
Ritmo: Chamarra
Letra: Clodinho Pinto
Melodia: Robledo Martins
4. Estrelas Parceira
Ritmo: Valsa
Letra: Giba Trindade
Melodia: Juliano Javoski
5. Bolicho dos Corredores
Ritmo: Chamarra
Letra: Giba Trindade
Melodia: Zulmar Benitez
6. O Mundo Entre as Orelhas
Ritmo: Milonga
Letra: Giovane Dôdo Gonzales
Melodia: Edson Vargas
7. Olhos de Querência
Ritmo: Milonga
Letra: Getúlio Santana Silva
Melodia:  Getúlio Santana Silva
8. Mate do Silêncio
Ritmo: Mazurca
Letra: Getúlio Santana Silva
Melodia: Elói Santos/Milton Fontoura
9.  Pra Quem Tem Campo na Alma
Ritmo: Milonga Arrabaleira
Letra:  Ramires Monteiro
Melodia: Ramires Monteiro
10.  Extraviei Tanto Verso
Ritmo: Zamba
Letra: Paulo Ozório Lemes/Felipi Corso
Melodia: Kiko Goulart
11. Pra Quem Mateia Solidão
Ritmo: Chamarra
Letra: Paulo Ricardo Costa
Melodia: Eri Côrtes
12. Noite de Lua e Cordeona
Ritmo: Vaneira
Letra: Eron Carvalho
Melodia: Sergio Rosa

SUPLENTES1º: Onde Mora a Verdade.
Letra: Rômulo Chaves 
Melodia: Nilton Ferreira
2º: Rancho Beira de Estrada.
Letra: Arabi Rodrigues 
Melodia: Idalcir Peruchin
3º: Quando as Lembranças Afloram.
Letra: José Amilcar 
Melodia:  Wilson Paim

segunda-feira, 28 de março de 2016

45º FESTIVAL DA BARRANCA - RESULTADO

Juca Moraes, Cesar Silveira, João Bosco Ayalla e Lucas Ferrera, os vencedores da Barranca
Realizado durante a Semana Santa,  o 45º Festival da Barranca aconteceu de sexta-feira até a madrugada do domingo, 27/03, às margens do rio Uruguai, no município de São Borja. 
O festival, restrito à participação de pessoas do sexo masculino, contou com as presenças de aproximadamente 300 convidados, metade deles constituída por compositores, músicos e intérpretes. 
Em 2016, o tema do festival, apresentado na noite de sexta-feira, 25, foi “Convivência”.
Os concorrentes tiveram 24 horas para que as composições fossem produzidas e defendidas na noite de sábado, 26.
Após apresentação, foi definido o resultado do 45º Festival da Barranca.

Confiram:

Primeiro Lugar:  Desapego
Autores: César Silveira/Juca Moraes/João Bosco Ayala
Interpretação: César Silveira

Segundo Lugar: Conviver em Paz


Autores: Otorino Covolo/Marcelo Antunes/Felipe Goulart
Interpretação: Marcelo Antunes

Terceiro Lugar:  Vivência
Autor: Confraria Ventania
Interpretação: Confraria Ventania

Foto:  Marcelo Vieira


sábado, 26 de março de 2016

5º GRITO DO QUERO-QUERO - INSCRIÇÕES ABERTAS

A 5ª edição do festival Grito do Quero-Quero está programada para o dia 07 de maio de 2016, no CTG Sentinela da Tradição, da cidade de Igrejinha.   
Também vai acontecer o 1º Gritinho, certame para intérpretes infanto juvenis.
O prazo para inscrições se esgota no dia 15/04.
Os trabalhos inscritos devem ser enviados por email para o endereço eletrônico gritodoqueroquero@gmail.com

Informações pelos telefones: 
(51) 9841.774 e (51) 8685.9778

SOBRE O FESTIVAL DA BARRANCA

Reproduzimos abaixo, a opinião da violinista e etnomusicóloga gaúcha Clarissa Ferreira sobre o Festival da Barranca, que acontece anualmente, no período da Páscoa,  às margens do rio Uruguai, em São Borja, e que tem como uma de suas características, não permitir a participação de mulheres.
Veiculado originalmente no blog Gauchismo Líquido, o texto é excelente e coloca luz sobre um aspecto cultural importante e ao mesmo tempo curioso, que merece nossa atenção. Apreciem.

Até quando só eu lírico masculino?
Sobre o Festival da Barranca e a proibição de mulheres há 45 anos

Fui convidada a escrever sobre minhas impressões a respeito do festival da Barranca. Antes de iniciar me apresento. Meu nome é Clarissa Ferreira, sou violinista e etnomusicóloga. Nasci em Bagé, tenho 28 anos e resido atualmente no Rio de Janeiro, onde curso doutorado. Pesquiso sobre as questões de identidade, mercado fonográfico e construção de ideologia na música gaúcha. Essas escolhas deram-se certamente por ter participado deste universo musical por cerca de 8 anos atuando como violinista nos festivais nativistas e trabalhando com artistas deste segmento. Gostaria de deixar claro que não me posiciono aqui somente como pesquisadora e musicista, mas sim como mulher. Não gostaria de colocar gênero como questão, visto que esses comportamentos associados com masculinidade e feminilidade são fruto de valores e regras construídas socialmente, mas quando se é uma entre pouquíssimas mulheres a ter oportunidade de ser ouvida em um festival exclusivamente masculino, e que destaca-se por ser proibitivo à mulheres, esta questão já está dada, não tive escolha.
            Falar sobre um festival que nunca fui faz-me sentir como dois personagens que vejo no bairro Flamengo, aqui no Rio de Janeiro. Um senhor que faz sapatos e não possui as duas pernas, e uma senhora que não possui cabelos, no entanto, vende perucas. A falta de membros e de cabelos não os torna incapazes de exercerem suas funções. Com essa “metáfora” quero expressar o sentimento que tenho ao falar de um festival que nunca participei, e só há um fato para que eu nunca tenha podido me expressar nesse ambiente: ser mulher, uma questão de gênero, imanente ao ser. Não estão aqui julgadas minhas capacidades, pois o fato de eu ser mulher já me exclui automaticamente dessa experiência.
            Portanto, não posso proferir sobre alguma experiência pessoal ou etnográfica no mesmo, mas gostaria de utilizar o espaço a mim ofertado para refletir sobre a representatividade cultural do festival atualmente. Opto aqui por escrever sobre o fazer cultural e suas significações, tendo como mote a realização deste festival que acontece há 45 anos, e que possui considerada representatividade na cultura gauchesca. Eventos culturais, como o festival da Barranca, são (re)definidores de valores sociais e do sentimento de pertencimento coletivo. Nele são transpassados um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Isso é cultura: uma amálgama que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.
            Esses valores estão sempre em processos de mudança e transformação. É sobre isso que gostaria de abordar aqui.  O festival da Barranca é considerado tradicional no Estado, ganhando destaque na mídia quando próximo de sua realização. Nestes informes, não faltam relatos de participantes enaltecendo o festival. Muitos destes são feitos por músicos reconhecidos do segmento da música gaúcha, consequentemente exponentes formadores de opinião que tem seus discursos amplificados não só por compartilhamentos em redes sociais, mas também por ideologias que perpassam através de suas canções. (Será que eles têm dimensão das ideias e ideologias que estão emitindo em suas músicas? Ou só seguem as confortáveis e estabelecidas estéticas mercadológicas?). Os mesmos jornais que noticiam o acontecimento do festival também evidenciam a ausência de mulheres, o que demonstra a qualidade, no mínimo excêntrica, deste evento. Afinal, que festivais de música atualmente proíbem a entrada de mulheres? (Quando comento fora do estado que no Rio Grande do Sul existe um festival com estas características as pessoas ficam estarrecidas!)
            A cada abertura dada para ouvir o que uma mulher tem a dizer sobre este festival se dá a oportunidade de mudança através do diálogo, o que já representa um avanço na discussão. Esta atitude como pude observar é um fato recente, que pode ser explicado através da maior abertura que atualmente percebemos na sociedade contemporânea para esse debate. Estamos em um momento de transformação. Atualmente há uma maior abertura para se ouvir vozes que antes eram silenciadas. A história sempre contada por homens brancos, hoje também é dividida com relatos de negros, índios, e mulheres e outras minorias. O diálogo tem se tornado mais polifônico, o que é positivo. Mas ainda há muito a melhorar...
            Os motivos para a proibição de mulheres no festival seriam dignos de riso se não fossem altamente nocivos. O risco de assédio às mulheres, caso a presença fosse permitida, é o mais enfatizado. Que isso pudesse ocorrer não temos dúvida, afinal mulheres sofrem assédio praticamente todo o momento e em todos os lugares. Esta justificativa explicitamente reduz a mulher a objeto sexual como sendo esta sua única função. Por mais reconhecimento profissional que tenhamos sempre somos vistas pelo viés sexual. A objetificação da mulher é presente rotineiramente neste patriarcalismo que vivemos, é histórica, e deve ser combatida a partir da atitude de quem a realiza e não punindo, através da proibição de participação -  como é o caso da Barranca -  quem é vítima disto. Também argumentar sobre as condições precárias de estadia como justificativa, só demonstra como ainda a mulher é vista como frágil, estando sempre subordinada ao homem (resistente macho provedor).
            Todas as justificativas que ouço sobre a proibição de mulheres no festival, ao meu ver, recaem em uma única explicação: a falta de interesse em ouvir o que a mulher tem a dizer. Vocês já se perguntaram como seriam nossos entendimentos sobre a cultura gauchesca? Por que o eu-lírico da música gaúcha tem que ser sempre masculino? Possivelmente seja porque nossos discursos não tenham por objetivo exaltar o mundo masculino (e suas peripécias) que é o que parece ser o cerne e o intento da cultura gauchesca. Esta, como sabemos, foi construída e alicerçada a partir das representações do masculino. Segundo o antropólogo Roberto Da Matta “afigura masculina é predominante nos locais que, como o Rio Grande, tem suas identidades forjadas pelas questões políticas. Os gaúchos foram republicanos antes do restante do país. E o que quer dizer ser republicano? Quer dizer igualdade perante a lei, ter uma constituição que vale para todos, etc. Esses elementos acabam determinando uma imagem de um cara que luta pelos seus direitos, é assertivo, fala alto – e que acabou simplificado como machão”.
            Outra explicação para esta construção da identidade gauchesca relacionada ao gênero masculino pode ser entendida a partir das citações do historiador Hobsbawm, quando relaciona as construções de mitos ocidentais que tem em comum “serem gerados por um grupo social e economicamente marginalizado de proletários desarraigados”, afirmando: “Os grupos que geram com mais facilidade o mito heroico, suponho, são as populações especializadas em andar a cavalo, mas que, em certo sentido, ainda se mantêm vinculadas ao resto da sociedade; ao menos no sentido de que um camponês ou um rapaz da cidade possa imaginar a si mesmo como um caubói, um gaucho ou um cossaco.”
            Este tipo de criação social imaginária não está presente exclusivamente na cultura gaúcha. Segundo o historiador, a constituição deste mito refere-se a uma fundamentação histórica secular, do mito do centauro, que teria influenciado enormemente a cultura ocidental através de características masculinas, pastoris e que possuem ligação com o cavalo. Para Hobsbawm “o que eles têm em comum é óbvio: tenacidade, bravura, o uso de armas, a prontidão para infligir ou suportar sofrimento, indisciplina e uma forte dose de barbarismo ou ao menos de falta de verniz, o que gradualmente adquire o status de nobre selvagem. Provavelmente também esse desprezo do homem a cavalo pelo que anda a pé, do vaqueiro pelo agricultor, e esse jeito fanfarrão de andar e se vestir que cultiva como sinais de superioridade. Acrescente-se a isso um distinto não intelectualismo, ou mesmo anti-intelectualismo. Tudo isso tem excitado mais de um sofisticado filho da classe média citadina. ”
            Feitos em guerras, trabalhos no campo, atividades entendidas como do comportamentos masculinos, são alguns dos temas retratados nas canções gaúchas. Para as mulheres resta as esperas da guerra, ser coisificada como flor, ser china ou chinoca, quiçá ser Anita... isso na melhor das hipóteses, pois lembremos da canção “Morocha” que fala de agressão à mulher explicitamente. Em pesquisa realizada por Laura Silva e Leandro Oltramari, intitulada “De beija-flor a urubu: representações das mulheres na música gaúcha”, há uma análise de composições dos segmentos da música campeira e da tchê music, onde foram classificadas cerca de 80 músicas na qual referiam-se de alguma forma a mulher. A categoria onde foram encontradas mais canções foi “Coisificação das Mulheres”, as quais de alguma maneira caracterizam as mulheres como algo atrelado ao uso, consumo, e, portanto, as colocam fora da posição de sujeito, aproximando-as da ideia de coisa. É importante ressaltar que nenhuma prática musical é inocente, afinal, o fenômeno artístico vai muito além de seu efeito lúdico sendo elemento de (re)produção de realidades sociais, conservando-as e solidificando-as. Através do que é representado se (re)produz ideologia, afinal criar e executar música é um ato político. As linguagens música, teatro, cinema, pintura, etc., não apenas representam o real, mas instituem reais.
            Onde a mulher gaúcha se encaixa no contexto cultural gauchesco do século XXI? Como se identificar com este universo em tempos de empoderamento feminino e de tomada de consciência da nossa posição na sociedade? Como identificar-se com canções que refletem ideologia machista e ideias retrógradas do século XIX?
            Nós mulheres ouvimos desde muito pequenas frases como: “não faça isso, isso é coisa de menino”, “isso não são atitudes de mocinha”, “meninas não devem fazer isso”, e simplesmente crescemos achando que somos incapazes de realizar “tarefas masculinas” ou “‘agir’ como meninos”. Culturalmente o lugar que cabe a mulher é o dos serviços domésticos, e da criação dos filhos. Uma parte muito restrita tem a oportunidade de desenvolver suas aptidões, como por exemplo, tocar um instrumento.
            A ideia que há um importante festival no estado que não permite a presença de mulheres, demarca que nosso lugar nesta cultura é restrito. A falta de credibilidade gerada pela estereotipação das diferenças de gênero chega a um ponto tão limitador para a mulher que ela nem pensa sobre o quanto está sendo lesada. Um exemplo disso é a quase inexistência de compositoras na música gaúcha, acentuada pela falta de referências femininas, desfavorecendo assim o incentivo ao ingresso e permanência neste fazer musical. (Apesar de trabalhar 8 anos efetivamente no meio gauchesco e seus segmentos, só fui perceber que também poderia compor aos 28 anos através da aproximação com mulheres compositoras no Rio de Janeiro.)
            Sabemos que possivelmente alguns participantes do festival não concordam com a proibição de mulheres. Esses mesmos também não se posicionam expondo tal opinião porque tal atitude poderia acarretar em mal estar com seus colegas e quiçá a não participação no evento. O mesmo ocorre com as mulheres do movimento gauchesco que não discutem a questão por receio de perderem seus pequenos espaços, conquistados a muito custo, neste engendrado campo de disputas, muitas vezes até posicionando-se a favor da proibição de mulheres no festival.
            Vinícius Brum certa vez escreveu: “Passamos a vida mergulhados em águas profundas, e vamos anualmente para aquela barranca de rio, em São Borja, para recarregar nossos tubos de oxigênio. (...) se não vamos, morremos um pouco, morremos um tanto por absoluta falta de ar, de sonho, de música e de uma irremediável saudade do mato, do rio, dos amigos e da nossa, talvez, única e melhor possibilidade.”
            Somos excluídas dessa e muitas outras vivencias. À nós, mulheres, só nos cabe como nos poemas e músicas gaúchas esperar em casa e admirar tão grande feito masculino. Apesar de não vivermos mais no século XIX, as ideias ainda permanecem e as situações se repetem. Ainda continuamos a esperar que os homens nos deem licença ou permissão para que possamos nos expressar. A liberdade da mulher, o direito de ir e vir feminino nas veredas da música gaúcha só vai ainda até onde os homens permitem.
            Por isso, caros amigos, peço que reflitam sobre essas colocações que vão para além das questões de gênero. Mas sobre se conectar com o mundo contemporâneo, com as questões contemporâneas. Se conectar com a natureza é importante, manter as tradições é importante, mas não podemos viver em mundo paralelo. E como artistas podemos e devemos nos posicionar no mundo, seja ele gauchesco ou não.  Ao permanecermos no passado, ou melhor, ao nos apegarmos a tradições de maneira fechada, perdemos espaço e voz para “vozes mais contemporâneas”, nem sempre boas. Portanto, é hora, ou já passou da hora, de abrirmos a mente, de ouvirmos mais, de dialogar mais e juntos sermos muito melhores.


terça-feira, 22 de março de 2016

1ª PATRULHA URUGUAIANENSE DA POESIA DEFINE CONCORRENTES

Após avaliarem os 232 poemas inscritos, a comissão julgadora, formada pelos queridos Rodrigo Bauer,  Pedro Junior da Fontoura e Bianca Bergmann, definiu, na noite de segunda-feira, 21/03, as 11 poesias concorrentes na 1ª PATRULHA URUGUAIANENSE DA POESIA GAÚCHA, festival que acontecerá no dia 21 de maio, na cidade de Uruguaiana.
Confiram a lista em ordem alfabética:
1. Cerzido de Rimas no Rastro dos Panos
Autora: Joseti Gomes
2. Estradeando
Autor: Jadir Oliveira
3. Nunca Mais, Porongos... Nunca Mais!
Autor: Moisés Silveira de Menezes
4. O Bolso Cheio de Afetos
Autor: Adão Quevedo
5. O Vendedor de Flores
Autor: Appolinário Quiroz Filho
6. Patas e Botas
Autor:  José Luiz Flores Moró
7. Pequena Sonata ao Grande Rio
Autor:  Vaine Darde
8. Quero Casar com Uma Estrela
Autor: Sebastião Teixeira Corrêa
9. Relato da Flor Bordada
Autor: Matheus Costa
10. Reverência a uma Princesa
Autor: Jorge Claudemir Soares
11. Rugas
Autor: Marcelo D'Ávila

segunda-feira, 21 de março de 2016

3ª SALINA DA CANÇÃO - INSCRIÇÕES ATÉ FINAL DE MAIO


Nos dias 22 e 23 de julho, em Balneário Pinhal, situado no litoral norte do RS,  realiza a 3ª Salina da Canção. 
As Inscrições poderão ser realizadas até 31 de maio de 2016, pela internet, encaminhando a ficha de inscrição, que deve ser inteiramente preenchida e enviada por e-mail para salinadacancao@balneariopinhal.rs.gov.br, acompanhada de um Arquivo Word com extensão.doc contendo a letra sem identificação do(s) autor(es) e um Arquivo MP3 para cada composição sem qualquer tipo de identificação do(s) autor(es).

3º SINOS DO VERSO GAÚCHO - REGULAMENTO

Abaixo o regulamento do 3º Sinos do Verso Gaúcho, programado para o dia 15 de outubro de 2016, no CTG Tapera Velha, em São Leopoldo.

REGULAMENTO
CAPÍTULO I – DOS OBJETIVOS
Art. 1º – O 3º Sinos do Verso Gaúcho é uma iniciativa do CTG Tapera Velha de São Leopoldo/RS através de sua Patronagem e Departamentos, e tem como objetivos:
a) Levar ao público poemas inéditos que exaltem a cultura do Rio Grande do Sul;
b) Oportunizar aos poetas a divulgação de seus trabalhos, visando a propagação da arte de nossa terra;
c) Proporcionar a integração entre poetas, declamadores, tradicionalistas, críticos de arte, educadores e sociedade em geral;
d) Fomentar o gosto pela poesia em especial nos jovens, de modo a perpetuar a arte da escrita e do recital de poemas com temas gaúchos.
CAPÍTULO II – DO DESENVOLVIMENTO
Art. 2º – O 3º Sinos do Verso Gaúcho será dividido em três categorias:
a) TEMA REGIONAL: Poemas que retratem a dinâmica social, os usos e costumes, fatos históricos e paisagens do Rio Grande do Sul;
b) TEMA ESPECIAL: Poemas que retratem a INFÂNCIA no Rio Grande do Sul.
Significado do Tema: sf (lat infantia) 1 Período da vida, no ser humano, que vai desde o nascimento até a adolescência; meninice. 2 As crianças em geral. 3 Primeiro período da existência de uma sociedade ou de uma instituição. 4 O começo da existência de alguma coisa.
C) JOVENS TALENTOS: Para esta categoria os autores e declamador (a) dos poemas devem ter até 18 anos. Os poemas devem atender aos critérios para Tema Regional.
CAPÍTULO III – DOS PARTICIPANTES
Art. 3º - Poderão concorrer poetas de todo o território brasileiro, desde que respeitem, na íntegra, todos os quesitos deste regulamento.
Art. 4º - Os poetas poderão concorrer com qualquer número de trabalhos, mas na triagem poderá ser classificado apenas 01 (um) poema de cada autor.
Art. 5º - O acompanhamento por amadrinhador(es) é obrigatório.
Art. 6º - Cada amadrinhador poderá defender até dois poemas na noite do festival, mas poderá ser premiado em apenas um dos trabalhos.
Art. 7º - É obrigatória a indumentária gaúcha para os declamadores e os amadrinhadores.
Art. 8º - Cada declamador deverá defender somente uma poesia, podendo o autor também defender seu trabalho.
CAPÍTULO IV – DAS INSCRIÇÕES
Art. 9º - As inscrições podem ser feitas das seguintes formas:
a) Via Correios ou pessoalmente. Enviar o trabalho, com Aviso de Recebimento (AR), pelos Correios ou entregá-lo pessoalmente na Sede do CTG Tapera Velha, na Rua Arno Schuch, 487, Bairro Vicentina, CEP 93025–410, São Leopoldo/RS;
b) Via e-mail, para o endereço: sinosdoversogaucho@hotmail.com 
Art 10º - Será obrigatório o preenchimento de documento contendo dados pessoais, conforme Ficha de inscrição anexa a este regulamento.
a) Cada poema enviado pelos Correios ou entregue pessoalmente deverá ser apresentado em 1 (uma) via, datilografada ou digitadas, sem identificação do autor. Os trabalhos devem conter, no cabeçalho, apenas o título da poesia. A ficha de inscrição, anexa a este regulamento, com todas as informações referentes ao trabalho deve ser colocada separada.
b) Via e-mail. Enviar o trabalho em anexo, com a ficha de inscrição preenchida, também anexa, para o endereço. sinosdoversogaucho@hotmail.com
b1) Para o envio por e-mail, o autor deve anexar apenas um trabalho, com o cabeçalho contento apenas o título da poesia, sem identificação do autor. A ficha de inscrição com todas as informações referentes ao trabalho deve ser enviada em outro anexo, no mesmo e-mail.
Art. 11º - Será obrigatório o preenchimento de documento contendo dados pessoais, conforme ficha de inscrição anexa a este regulamento.
Art. 12º - O prazo das inscrições finda-se dia 20 de maio de 2016.
PARÁGRAFO ÚNICO - Os poetas que enviarem seus trabalhos pelos Correios devem observar para que os mesmos cheguem até a data limite das inscrições (20 de maio de 2016).
CAPÍTULO V – DA SELEÇÃO E GRAVAÇÃO DO CD
Art. 13º - Após findar-se o prazo das inscrições, a Comissão Organizadora do evento se reunirá com a Comissão Avaliadora por ela escolhida para que sejam feitos os trabalhos de triagem, onde serão apartados 10 poemas para serem apresentados na final, mais um poema da categoria JOVENS TALENTOS, e mais o poema selecionado com tema especial.
PARÁGRAFO ÚNICO – O resultado da triagem será divulgado pelo Facebook (3ºsinosdoversogaucho), pela imprensa, por telefone e por e-mail aos poetas classificados.
Art. 14º - A Comissão Avaliadora selecionará os trabalhos levando em consideração os seguintes quesitos: Conteúdo, Fidelidade ao Tema e Originalidade.
Art. 15º - O CD e/ou DVD do 3º Sinos do Verso Gaúcho será gravado no dia do evento.
Art. 20º - Todo concorrente com poema selecionado no 3º Sinos da Poesia Gaúcha, declamadores e amadrinhadores estarão automaticamente cedendo aos promotores os direitos de comercialização dos trabalhos inscritos e autorizando a gravação em CD e/ou DVD, bem como a divulgação do seu trabalho, em caráter irrestrito, ressalvados os direitos autorais pertinentes e previstos em legislação específica.
PARÁGRAFO ÚNICO – Quando tiver trabalho selecionado, o responsável pela obra deverá anexar uma declaração (modelo será disponibilizado pela Comissão Organizadora depois da triagem) renunciando os direitos autorais, exclusivamente para a apresentação no dia do evento (exigência do ECAD).
CAPÍTULO VI – DA AVALIAÇÃO
Art. 21º - A Comissão Avaliadora escolherá os melhores trabalhos levando em consideração o Art. 13º, e os quesitos abaixo, se valendo destes, também, para premiar o melhor intérprete: Dicção, Fidelidade ao Texto, Postura Cênica e Interpretação.
CAPÍTULO VI – DA AJUDA DE CUSTO E PREMIAÇÃO
Art. 22º - A Comissão Organizadora oferecerá R$ 100 (cem reais) a cada poema classificado, como ajuda de custos.
Art 23º - A comissão organizadora do festival se compromete a efetuar os pagamentos das premiações e ajuda de custo, mas não estipula a forma de pagamento, podendo ser em dinheiro, cheque nominal, transferência bancária ou similares.
Art. 24º - Fica suspensa a ajuda de custo para o concorrente que ler ou usar de outro tipo de recuso para apresentar o poema. É obrigatório ser decorado.
Art. 25º - A Comissão Organizadora encarregar-se-á de fornecer alimentação (janta) gratuita para 03 (três) pessoas por poesia classificada no dia do evento.
Art. 26º - A premiação será assim distribuída:
Tema Especial: R$ 200,00 + troféu
JOVENS TALENTOS: R$ 200,00 + troféu
1º Lugar Poesia: R$ 200 + troféu
2º Lugar Poesia: R$ 100 + troféu
3º Lugar Poesia: R$ 50 + troféu
1º lugar Intérprete: R$ 200 + troféu
2º Lugar Intérprete: R$ 100 + troféu
3º Lugar Intérprete: R$ 50 + troféu
1º Lugar Amadrinhador: R$ 200 + troféu
2º Lugar Amadrinhador: R$ 100 + troféu
3º Lugar Amadrinhador: R$ 50 + troféu
CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 27º - Fica assegurado à Comissão Organizadora do 3º Sinos do Verso Gaúcho promover a edição de livro e gravação de CD/DVD com conteúdo exclusivo do evento, reservando-se, contudo, os direitos autorais, nos termos legais.
Art. 28º - Os participantes deverão estar na sede do CTG Tapera Velha em São Leopoldo, local das apresentações, às 19h do dia 15 de outubro de 2016.
Art. 29º - A aparelhagem de som ficará à disposição, no mesmo local, das 14h às 17h para teste e ensaios.
Art. 30º - Caso seja comprovado o não-ineditismo de um dos trabalhos classificados, o mesmo será automaticamente desclassificado, e substituído pelo 1º suplente na classificação, e assim sucessivamente.
Art. 31º - Caso o(s) declamador (es) e/ou amadrinhador(es) do poema não estiver presente quando solicitado para a apresentação, o trabalho será desclassificado.
Art. 32º - A remessa dos originais e Ficha de Inscrição preenchida e assinada pelo(s) autor (es), com reconhecimento de ficha em cartório, significa a aceitação plena, por parte do(s) mesmo(s) e do(s) declamador(es) e amadrinhador(es), de todas as condições expressas nesse regulamento.
Art. 33º - As deliberações da Comissão Avaliadora serão soberanas, não cabendo nenhuma contestação.
Art. 34º - Os casos omissos nesse regulamento serão decididos pelas comissões Organizadora e/ou Avaliadora do festival.
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL
Sábado – 15 de outubro de 2016
Das 14h às 17h - Passagem de som no palco, em paralelo com o Café de Chaleira
20h - Abertura do festival
20h30min - Apresentação dos poemas selecionados
22h – Jantar e Show
23h – Premiação
23h30min Confraternização

COMISSÃO ORGANIZADORA
Renato dos Santos Correa – Patrão CTG Tapera Velha
Paulo Roberto Vargas e Juliana Vargas – Capataz do Festival
Ana Carolina Fernandes dos Santos – Sota- Capataz do Festival
Aline Durgante Fernandes - Agregada da Escrita do CTG Tapera Velha e do Festival
Rosane Teresinha da Costa - Agregada da Escrita do CTG Tapera Velha e do Festival
Antonio Almi da Costa – Agregado da Guaiaca do CTG Tapera Velha e do Festival
Paula Iasmin Gonçalves – 1ª Prenda do CTG Tapera Velha
Cláudia Silvane da Silva Ribeiro – Coordenação Cultural do CTG Tapera Velha
Tatiane Machado Arend - Depto Cultural do CTG Tapera Velha
Luis Fernando Debastiani – Depto Cultural do CTG Tapera Velha

INFORMAÇÕES
Secretaria do CTG Tapera Velha: Rua Arno Schuch, 487 Bairro Vicentina, São Leopoldo / RS.
Paulo Roberto Domingues Vargas - (51) 92597137
Ana Carolina Fernandes – (51) 97774764 Facebook.com/3ºsinosdoversogaucho
e-mail: sinosdoversogaucho@hotmail.com


Ficha de Inscrição – Para envio por e-mail
CATEGORIA:
( ) Tema Regional ( ) Tema Especial ( ) JOVENS TALENTOS
Título do poema: _________________________________________________
Autor(es): _____________________________________________________
Cidade(s): ______________________________________________________
E-mail(s) _______________________________________________________
Telefone(s): (___) ________________________________________________
RG(s):_______________________ CPF(s): ___________________________
Declamador(es/as): _______________________________________________
Amadrinhador (es/as): ____________________________________________
Favor indicar, a seguir, o nome da pessoa autorizada a receber os valores relativos à ajuda de custo do 3º Sinos do Veros Gaúcho. Cabe salientar que a pessoa indicada deverá estar presente na fase final do festival, em 22 de outubro de 2016.
Responsável: ____________________________________________________
Endereço: _______________________________________________________
Cidade: _______________________________ CEP: __________________
E-mail: ______________________________ Telefone: (___) _____________
RG:_____________________________ CPF: _________________________
Ao encaminhar essa ficha por e-mail, anexada ao trabalho, declaro sob minha responsabilidade que as informações contidas aqui são verdadeiras e que aceito as condições estabelecidas no regulamento do 3º Sinos do Verso Gaúcho.
_________________________/ RS, ______ de _________________ de 2016.